quarta-feira, 30 de abril de 2014

Compressores parte II

   Continuando com os compressores vamos dedicar esta mensagem aos pontos que ficaram por resolver.
   Ponto 9 temperaturas nos compressores.
   Como os compressores são equipamentos que comprimem o ar, logo o ar ao ser comprimido já em si faz aumentar a temperatura e se não houver os cuidados necessários a temperatura aumentará muito mais.
   Um aumento de temperatura vai fazer com que o ar que está a ser comprimido conjuntamente com o óleo,
este se transforma em carvão.
   Está comprovado que uma redução de temperatura de 3 º centígrados no ar aspirado,representa uma economia de 1% de energia eléctrica .
   Para se verificar esta prova necessitamos de um termómetro de contacto ou  laser, de preferência o laser
porque é mais rápido e pode-se verificar a temperatura a uma distancia razoável, onde muitas vazes com o termómetro de contacto não se consegue.
   A temperatura no cárter do compressor não deve ultrapassar os 40º/60º centígrados.  
   A temperatura nas cabeças ou cabeçotes é muito mais elevada e essa informação deve vir no catálogo do compressor, e também varia dos modelos de cada um dos compressores.





   Termómetro de mercúrio, funciona por acção de um bulbo de mercúrio que ao contacto com a temperatura, o mercúrio aumenta de volume fazendo movimentar o sistema de engrenagens e marcar a temperatura.



  

 Medidor de temperatura digital a actuação é quase igual com a diferença de que em vez de engrenagens tem dispositivos electrónicos para marcar a temperatura.












  
 Medidor de temperatura laser, estamos na era do laser não podia de deixar de aparecer medidores laser.









 Medindo com laser ,verifica-se o raio infravermelho do medidor.
   Dependendo do modelo do medidor, assim será o alcance das medidas, que podem variar de um simples metro até uma quantidade considerável de metros.
   Muitas vezes é mais pela dificuldade de acesso ao elemento a ser medido,pois esta pode ir até 8 metros.







  Medidor de temperatura laser com um rango de temperatura de -50 a 380º C,tempo de resposta  500 milisegundos e distancia de leitura de 8 metros.









   Claro que haverá medidores ainda mais sofisticados com maior rango de medidas e de maior alcance, mas para o assunto que estamos a tratar não são necessários tão sofisticados
   Como podem verificar hoje em dia não é nada difícil medir temperaturas,nem as distancias são problema.
   Voltando ao assunto como podem verificar a manutenção é imprescindível para a durabilidade dos compressores.
   Não há duvida de que quando a temperatura aumenta um certo número de problemas podem existir no compressor, e um dos mais importantes seja a falta de óleo no cárter.
   Isso pode provocar o que vão ver nas imagens seguintes.





  
 A falta de óleo provocou o que se vê na imagem,e o que não se vê deve ter partido a biela e a camisa deve ter ficado sem conserto.











   Parte de biela partida pelo mesmo motivo.












   Passeio da cambota e casquílhos bronzes ou  bronzinas griparam e o mesmo motivo falta de óleo produziu aquecimento até que gripou,chega mesmo a fundir as peças de tal maneira que não se conseguem desmontar e o compressor vai para a sucata.



   Outro exemplo de passeio de cambota gripado.
   Quando isto acontece tem que se mandar rectificar e os bronzes têm que ser ajustados para a nova medida, mas isso é feito na empresa que rectifica. 








   Como podem verificar quando se partiu a biela ou o pistão um deles partiu o balancin  ou contrapeso da cambota,vejam a racha que produziu.






                                                                                   Mais uma vez chamo a atenção que se tem que ter com as temperaturas nos compressores.
   Como na mensagem anterior e mesmo que o compressor seja novo,neste caso ainda mais.
   Depois de arrancar o compressor ao fim de 100 horas de trabalho deve-se mudar o óleo do cárter por óleo novo, mas atenção estou a falar de 100 horas trabalho à que ter em conta esse pormenor.
   Depois da mudança do óleo este deve ser mudado de novo ao fim de 15000 horas ou quando tenha um ano de serviço, muito importante saber qual o óleo a usar, que seja o recomendado pelo construtor.
   Outra causa que não é de menos importância é o arrefecimento que é produzido pela polia maior.
   Esta é constituída por aspas que vão produzir o arrefecimento do cárter, que é produzido pela velocidade das mesmas, se essas aspas e o cárter não estão bem limpas elas não vão produzir o ar frio suficiente para o arrefecimento do cárter.
   Outra causa pode ser a válvula anti retorno que não esteja a funcionar como deve ser.
   Se não estiver em condições  esta vai deixar passar uma contra pressão que vai fazer o compressor entrar em esforço e logo causar mais temperatura.
   Se nota que o compressor está a trabalhar forçado esta pode ser uma das causas,faça um teste à válvula anti retorno,desarmando-a.
   Para provar-la, agarre a válvula com uma mão, ponha-a na boca com a seta no sentido contrário ao que vai soprar, sopre até sentir que a válvula fechou se fechou, faça de novo umas três vezes, se continua a fechar é porque está em condições.
     
    
                                                                                             


   Válvula de retenção desarmada.













   Pistola para ar comprimido.





                                                                                           A importância das linhas ou redes de ar.
   As linhas de ar são o veículo para levar o ar comprimido onde nós necessitamos.
   Dependendo das necessidades e qualidade do ar,estes devem ser equipados com,secadores de ar,desumidificadores e filtros.
   A função dos desumidificadores é remover a humidade e condensações existentes no ar comprimido ,ficando o ar seco portanto melhorando o ambiente.
   Eles são usados em empresas onde o ar tem que ter essas características,tais como industrias farmacêuticas,armazéns,quartos de máquinas,blocos operatórios,casas etc, etc,.
   Os filtros também são de maior importância pois são os mais usados nas industrias,principalmente na pneumática.
   Antigamente o ar para a pneumática era preparado com um grupo FRL ou seja filtro,regulador e lubrificador, hoje em dia, a não ser sistemas de redes antigas, o ar é simplesmente seco porque o material da pneumática já não necessita ser lubrificado porque os componentes são auto lubrificados.
   Daí a importância do ar ser de muito boa qualidade, seco e limpo.
   Na instalação de redes ou linhas de ar comprimido directas ou seja sem nenhum dos elementos atrás mencionados é de suma importância a colocação de pontos de decatação ou purgas   a 20 ou 30 metros.
 





   Aspecto de secador de ar comprimido.







   Existe um novo material para as redes de ar comprimido que é o PPR, que são tubos de Polipropileno Copolímero Random,que é um material que pesa menos 30% que o tubo de metal.
   As vantagens que tem este material é que por ser azul não necessita ser pintado pois essa é a cor das linhas de ar comprimido,não enferruja e é fácil de cortar e o corte fica sempre direito.
   A ligação dos componentes é feita por Termofusão a 260 º C (TOP FUSION), o que garante não haver fugas de pressão, e ainda tem uma vida útil de 50 anos garantido pelo fabricante.
   Desvantagem não pode apanhar sol, o sol quebra a cadeia melécular e debilita o material,por exemplo se dentro de uma fábrica sem apanhar sol duraria 50 anos com a acção do sol duraria de 6 a 8 anos.
   Para evitar esse problema há uma fita de alumínio que se envolve à volta do material e é suficiente para o proteger, também de pode usar outro tipo de material para protecção.
   Para se trabalhar este tipo de material tem que ter uma cotadora e uma termofusora,porque a ligação dos componentes é feita por TOP FUSION, ou seja por termo fusão, como já tinha dito antes.
   Tem diâmetros que vão desde 20 mm a 160 mm e a pressão de trabalho é - 13 milibares (vacuo) e mais de 13 bares a -20º  -  60º centígrados.
   Existem de várias cores conforme a que se destinem as linhas,segue exemplo de cores.

     



   Como podem verificar o azul é para ar comprimido,o verde para aguas,o encarnado para combate a incêndios,o preto para óloeos e derivados e o branco para redes de vácuo.






   Seguem fotos de cortadoras máquina termofusora.





   Maquina termofusora para PPR polipropileno vendo-se os pontos de introdução pretos dos elementos a aquecer.
   A temperatura de fusão do PPR é de 260º C.




 Cortadores de tubo também lhe chamam de alicate de corte tubo PPR.




   Se se necessita fazer uma redução como se faz numa tuberia normal, de um diâmetro grande a pequeno, com o PPR também se pode fazer e para isso vai-se usar o acessório que mostro a seguir.
   Bucha de redução e processa-se da seguinte maneira.
   Faz-se um furo na medida que tem o canhão que sobressai
na bucha de redução,tira-se as rebarbas que ficaram com a furação e coloca-se a bucha na termofusora, nos pontos pretos que se vêm na maquina, até atingir a temperatura desejada.
   Entretanto com um maçarico de gás pequeno aquecesse à volta do furo que se fez e coloca-se a bucha, com uma boa pressão durante um minuto e assim fica bem soldada.

                                                                                                 No meu tempo ainda não havia este material pois digo que é uma maravilha.
   Quando se constrói uma linha de ar comprimido tem que se ter em conta que, independentemente do comprimento desta ela deve ter uma inclinação de 0,5 a 2 %.para que a condensação de agua vá correndo nesse sentido.
   Segue exemplo.

 
    Esta é uma rede ou linha de ar comprimido bem estudada pois a disposição dos elementos de construção estão colocados tendo em conta as ferramentas a serem usadas.
   Como podem verificar cada ramal ou saída de ar é compatível com a ferramenta que se vai utilizar, a começar pelo primeiro a contar da esquerda como vai ser usada para pintura o ar deve ser limpo e seco daí o ter como componentes um filtro regulador mais um filtro coalescente que vai secar o ar,um engate rápido ou conexão rápida,uma chave, seguida de uma Y que é um filtro para sólidos e um purgador, que pode ser automático ou manual.






   Vários tipos de filtros .





O segundo ramal tem os elementos antes mencionados mas com a diferença de que vai se usada uma ferramenta pneumática que necessita ser lubrificada, e portanto em vez do filtro coalescente foi colocado um  preparador FRL,filtro,regulador e lubrificador.
   O terceiro ramal é o mais comum pois serve para se usar uma pistola que serve somente para soprar e limpar,tem também um purgador de maior capacidade porque como é o final da linha ele vai absorver uma maior quantidade de condensação, agua.
   Como podem ver a linha tem a inclinação proposta anteriormente,assim como as curvas de 180º que já em si eliminam uma boa parte da condensação, está uma linha bem estudada simples e eficaz.
   Na figura seguinte um exemplo de uma derivação com bucha de redução de um tubo de diâmetro maior para um menor, e ainda um T de redução.
   A derivação está com a curva de 180º e o T é o que tem o tubo que baixa, como exemplos.


















   Na figura seguinte mostra-se o que a meu ver não se deve fazer,colocar saídas de ar no final de uma linha,porque a pressão do ar vai levar toda a condensação até ao final.
   Atenção supostamente não sei se o ar já vem limpo o que já vai mudar a minha opinião,mas mesmo assim não é muito boa ideia.

   




   Final da linha de ar comprimido má opção.













  Várias medidas de tubos de polipropileno PPR.











   Elementos vários em PPR para as linhas de ar comprimido,onde se verifica também a combinação de elementos metálicos para serem adaptados ás linhas conforme as necessidades.






 Exemplo da utilização da combinação conexões metálicas com polipropileno PPR, neste caso as conexões são feitas em aço inoxidável, também não tinha outra razão de ser pois devem de  ser de material não oxidante,o bronze tampouco serve porque  oxida a longo prazo e isso não convém numa linha que pode durar 50 anos.






   A seguir esquema de purga para ar comprimido artesanal.

    Este sistema de purga era o que nós usava-mos nas oficinas para uma linha com pistola  para  limpeza.
   Era feito com um tubo de 150 mm de diâmetro com duas tampas soldadas a tope, um tubo galvanizado soldado na tampa superior e outro tubo soldado na parte lateral  do tubo de 150 mm.
   Levava uma conexão soldada na tampa inferior para se colocar uma chave de purga.
   Note-se que os tubos têm um corte em cunha para evitar um pouco que o ar atire a agua da condensação directamente para o tubo de saída.
   No tubo de saí de ar limpo tal como mostra a figura era colocada uma conexão rápida para se ligar a mangueira da pistola de limpeza.
   Esta purga era colocada na parede ou coluna a uma altura de mais ou menos um metro para facilitar o purgar e a colocação da mangueira,e funcionava bem, claro que não tem nada que ver com o sistema que se mostrou atrás que tem os quatro purgadores.

   Por agora vou terminar, continuarei a dar a conhecer tudo aquilo que me lembre.
   Despeço-me,um abraço e obrigado pelas visitas ao meu blogue.




                               MÁRIO SILVA






                                                                                                         

















quinta-feira, 24 de abril de 2014

Compressores

   Vamos tratar de um vasto tema os compressores.
   Começamos por dizer o que é um compressor.
   O compressor é um equipamento ou maquina elétro-mecânico que por sua constituição capta o ar da atmosfera, comprime-lo e armazena-lo em alta pressão.
      
   
   Compressor profissional de pistões dos mais usados,por ser de muito simples manejo.
  A sua construção é bem simples e não requer de muitos cuidados,a não ser os cuidados básicos.
   Verificar se o motor trabalha em boas condições,ver a correia de transmissão,o nível do óleo, manter o compressor limpo,verificação do pressostato , manómetro e provar a válvula de segurança,  


   Existe um sem número de compressores.mas vamos tocar o tema dos mais usuais, que são os seguintes.
   Compressor de pistões.
   Compressor de palhetas
   Compressores de rotores lobulares.
   Compressores de parafuso.
   Turbo compresor.
   Há muitos mais mas o certo é que levaríamos uma semana a falar sobre eles.
   Segue foto de compressor de três cabeças e de pistões.





 Onde se pode ver no corte os pistões, as bielas
o filtro do ar, a cambota , as válvulas, o carter, o tubo de arrefecimento, a polia, etc,.






  
                                                                                   Qualquer compressor deve ser instalado num local bem arejado,sem pós,com temperatura máxima ambiente de 40 a 45 º centígrados, e a pelo menos 1,5 metros das paredes
   O piso deve ser bem nivelado e o compressor bem nivelado também.
   A manutenção dos compressores deve ser levada à risca pelas instruções dadas pelos fabricantes, que são indicadas nos manuais.
   As avarias dos compressores são motivadas quase sempre pela falta de manutenção, a não ser algum defeito de fabrico ,e esse está assegurado pela garantia dada pelos fabricantes.
   A manutenção consta de verificar os principais elementos que constituem os compressores.
   Ela pode ser Preventiva ou Correctiva.
   Preventiva tal como a palavra diz é para prever algo que possa acontecer ao compressor e são uma serie de procedimentos que vou deixar aqui mencionados.
   1 - Verificar o nível do óleo no cárter.
   2 - Verificar os filtros ou filtro de ar.
   3 - Verificar alinhamento das polias, e vibrações.
   4 -      "        ruídos estranhos no compressor e motor.
   5 -      "        condições das correias.
   6 -Fugas de óleo.
   7 - Condições da válvula ou válvulas de segurança.
   8 - Verificar manómetro de pressão.
   9 - Verificar se existe excesso de temperatura nas cabeças e no cárter.
   10 - Purgar o depósito.
   11 - Manter condições de limpeza.
   12 - Verificar pressiostato se esta em boas condições de trabalho.
   13 - Verificar quadro eléctrico.
   14 - Verificar aperto de todos os parafusos.
 
 
   Estes são os principais pontos que se deve ter presente quando se vá fazer manutenção preventiva.
   Manutenção correctiva está mesmo a dizer corrigir o que estiver mal.
   Começamos pelo ponto 1 nível de óleo do cárter.se o nível do óleo está baixo,verificou-se no visor ou com a vareta.
   Se falta óleo vamos por a nível tendo em conta as instruções no manual do compressor quanto à qualidade do óleo a usar.
   Vamos retirar o bujon do cárter pelo qual vamos introduzir o óleo,mas antes vamos verificar se no fundo do cárter existe alguma sujidade,podemos usar um bocado de arame com um pouco de trapo bem agarrado para não se soltar dentro do cárter,NÂO ESTOPA e vamos introduzir pelo buraco onde estava o bujon até este tocar no fundo do cárter,retiramos e verificamos se existe sujidade.
   Se existe, verificamos que tipo de sujidade é.se esta é do tipo alumínio temos um problema grave,se for como da cor carvão, mas não muito é normal, se  não houver sujidade completamos o óleo que falta,    colocamos o bujon e apertamos.
   Por precaução vamos anotar o dia em que se completou o nível do óleo e uma semana depois verificamos como se encontra o mesmo nível ,se se manteve mais ou menos não há problema,se baixou um pouco nessa semana então temos problema.
   Esses problemas serão resolvidos quando da manutenção correctiva.
   Ponto 2  filtro ou filtros de ar.
   É uma das peças importantes do compressor pois dela depende a boa limpeza do ar que vai ser comprimido.
   Os filtro não têm muito de manutenção,se está sujo limpa-se,da seguinte maneira .
   Com uma mangueira de ar com pouca pressão, vamos colocar a mangueira pela parte de dentro do filtro e limpamos no sentido de dentro para fora e de cima para baixo a todo o diâmetro do filtro, nunca de fora para dentro.
   Se verificar que está demasiado sujo e com muito tempo de uso vai substituir por um novo.
   A duração do filtro depende muito do ambiente onde estiver colocado o compressor,mas geralmente o fabricante tem bem explicito no catálogo.
   Seguem fotos de filtros silenciadores.





   Vários tipos de filtros silenciadores.






   Continuamos com o ponto 3 alinhamento das polias e vibrações.
   O alinhamento das polias é de suma importância para a vida útil das correias e desgaste  das mesmas.
   Causa também esforço desnecessário o qual vai produzir aquecimento tanto no compressor como no motor.
   Segue foto de tipos de alinhamentos.
                                                                                                                        




 Método da régua A e B  e C e D
   método do cordel. 






  Alinhamento por laser com emissor e receptor.







   Outro tipo de alinhamento a laser.








   As vibrações geralmente são causadas por desalinhamento das polias,polias mal balanceadas, rolamentos em más condições ou ainda parafusos desapertados tanto no compressor como no motor.

   Seguimos com o ponto 4 ruídos no compressor e no motor.
   Primeiro pode ser dos rolamentos e para verificação usa-se o estetoscópio parecido ao dos médicos,se não existir um  pode-se usar um tubo fino ou um bocado de varão que vai ser colocado da seguinte maneira.
   Com o dedo polegar como a tapar o tubo ou o varão, coloca-se a nó do dedo no ouvido e escuta-se se existe ruído ou não.






   Estetoscópio







   O ruído pode ser proveniente da cambota/biela,este é produzido quando existe muita folga entre a cambota e o casquilho da biela, também é conhecido como golpe de biela.
   Quando isto acontece à que reparar.
   Outro motivo de ruído pode ser proveniente das válvulas nas cabeças do compressor, devido a desgaste,
 placas de válvulas partida ou ainda tampas das válvulas desapertadas.
   
                                                                                           
                                                                                                           

   Biela de compressor donde se vê o casquilho,
parte mais clara.





                                                                             




   Casquilho para bielas.












 Válvulas de placa para compressores,vários tipos.











    Anéis ou laminas para placas de válvulas vários modelos.


























   Em cima vista em corte de cabeça de compressor de pistões,nomes de elementos.





 Vista em corte de compressor de válvulas de palhetas, onde se vê o virabrequim ou cambota,pistões,bielas,placas de válvulas,cabezote ou cabeça, rolamentos e polia.








    Agora passamos ao ponto 5 as correias trapezoidais e elementos que são as mais usuais nestes tipos de compressores.
   As correias devem estar sempre em boas condições, pois delas depende o funcionamento do compressor.
   Aspecto das correias trapezoidais.





   Correia trapezoidal sem ser usada.










   Secção e tamanho de correias trapezoidais em mm e em polegadas.












   Correias trapezoidais dentadas.










   Correia para variadores de velocidade ou também chamada correia de tempo.









   Polia variável para a correia acima demonstrada, dentada ou de tempo.
   Polia de molas aspirais com abertura para os dois lados.












   Polia variável de laminas com abertura para os dois lados, para correias trpezoidais.











   Polia variável com abertura para um só lado.
   Para correias trapezoidais.














   Correia plana ou sem fim.













   Este tipo de correia em V pode-se montar com o comprimento que se necessite.











   Correia em téflon para a industria de embalagens onde se necessite o contacto com calor.
   Como poderão verificar esta correia tem ilhoses para permitir o seu accionamento.








   Correia emendável de poliúretano com corrugado
é um produto novo,para o empate são sobmetidas a um processo de vulcanização.












Ferramenta tensionadora de correias electrónica.












 Várias polias de casquilho cónico,elas são fixadas ao eixo por aperto dos prisioneiros 3 existentes.
   Conforme se vão apertando os prisioneiros, o casquilho faz pressão sobre o veio, isto devido à ranhura existente no casquilho que obriga o casquilho a fechar e portanto a fazer pressão sobre o veio, como o casquilho é cónico aperta também a polia.









   Sistema tensor regulável para polias.













   Curiosidade variador de velocidade por cones.









   Seguimos com o ponto 6 fugas de óleo.
   O motivo de fugas de óleo podem ser vários e de várias origens , uma delas pode ser tampas do cárter mal apertadas, juntas das tampas vencidas,bujon do cárter mal apertado,estoperas vencidas, anéis dos pistões partidos, ou junta do cabeçote vencida.
  Todas estas situações têm que ser eliminadas de imediato,fazendo uma manutenção correctiva.

   Continuamos com o ponto 7 que são as válvulas.
   Umas das peças dos compressores mais importantes e que se deve ter a maior atenção,pois delas depende o haver ou não ar comprimido.
   Dependendo do uso, falo em horas trabalhadas,do ambiente, e do óleo,elas podem ou não comprimir o ar e armazena-lo.
   Logo quando se nota que a pressão no deposito é muito lenta a ser atingida, podem ser as válvulas que não estejam em boas condições,devido a carvão nas mesmas ou desgaste nos componentes.
   Tal como já referi anteriormente no ponto 4  não só produzem barulho mas também perda depressão.





   Vários tipos de laminas ou anéis para placas de válvulas,estas podem partir-se ou ficarem com demasiado carvão e não cumprem a função que tinham que cumprir.



   Placas de válvulas com desgaste depois de 14 meses de trabalho.
   As partes mais escuras são as saliências causadas pelo desgaste.









   Placa de compressor de laminas rectangulares.
   Estas placas por vezes, as laminas partem-se e deixam de trabalhar como deve ser.
   Também como tempo de trabalho criam um calo no sitio das laminas e por essa razão o compressor deixa de comprimir,e  trabalha continuamente.
   O trabalhar continuamente é um alerta de que o compressor não está em condições.
   Tem que se desmontar o cabeçote, desmontar a placa ou placas,se é um compressor de duas cabeças,retirar as laminas e rectificar as placas até que os calos ou sulcos esteja eliminados.
   É conveniente que quando se faça esta rectificação se coloquem laminas novas.


   Continuamos com o ponto 8 manómetros.
   São instrumentos que servem para medir a intensidade de pressão do ar comprimido,óleo,agua,vapor e fluídos em geral.
   Existem um sem numero de modelos de manómetros,há os com glicerina que servem para ambientes muito severos,os de tubo de Bourdon  etc,,etc,.
   Seguem fotos de alguns dos manómetros existentes.





   Manómetro com leitura em Kgs por cm2.

















   Manómetro com leitura em bar.














   Manómetro com leitura em Kg/cm2  e psi.
   psi = libras por polegada quadrada.





   Manómetro para medir em MPa,bar e psi.
   MPa significa megapascal  = a 1 bar
   1 bar = a 100.000 pascal












   Manómetro digital,trabalha com pilha, a pilha é de longa duração.





   Esquema de um manómetro de Bourdon.
   Aparte que se vê em azul é o tubo que faz mover todo o sistema interno do manómetro,chama-se de Boudon por ter sido um senhor Francês que o inventou.














   Comprovador ou calibrador de manómetros manual  Nas grandes empresas,como refinarias ou petroquímicas este aparelho é levado ao sítio a calibra-se o manómetro mesmo no lugar.







   Comprovador ou calibrador de manómetros de laboratório.










   Uma prova que se pode fazer para ver se o manómetro está bom é a seguinte.
   Fechar a válvula de ar que antecede o manómetro e retiramos o manómetro.
 A seguir buscamos uma linha de ar controlada, ou seja uma linha de ar que tenha um regulador de pressão o qual vamos regular a 2 bar.
   Com o ar regulado a 2 bar vamos introduzir com a pistola,ou simplesmente com a mangueira, o ar no manómetro,e este tem que marcar 2 bar, ou menos porque ao colocar a pistola ou a  mangueira esta tem uma pequena perda de pressão.
   Em seguida retiramos a pistola de ar ou a mangueira e vamos verificar se o manómetro voltou à posição de 0 bar.
   Fazemos esta operação duas ou três vezes para melhor se certificar,se marca sempre a mesma pressão e volta a 0 bar então o manómetro está em condições.
   Mas atenção esta é uma prova pouco confiável a verdadeira faz-se com o comprovador/calibrador igual aos das figuras encima.
   Esta operação também se chama de aferir o manómetro.
    Bem hoje não me vou alargar mais para não aborrecer os amigos,continuamos mais tarde.
   Seguiremos vendo os pontos que faltam 6.
   Espero que tenham um bom fim de semana,cumprimentos.



                                   MÁRIO SILVA