terça-feira, 27 de maio de 2014

Acoplamentos e embreagens

   Aliados ás transmissões e aos variadores de velocidade existem uns elementos que são de suma importância, são os acoplamentos.
   Os acoplamentos são um conjunto de elementos mecânicos empregues na transmissão de movimentos de rotação entre duas maquinas.
   Há uma grande variedade de acoplamentos e quanto à sua função eles dividem-se em:
   Rígidos
   Flexíveis
   Mecânicos
   Embreagem
   A seguir exemplos dos vários acoplamentos.





   Tipo de acoplamento rígido,onde o torque para o arranque sofre muito pouca amortização.









   Acoplamento rígido directo onde o torque a aplicar não deve ser muito forte, não tem amortização.








   Acoplamentos flexíveis seguem fotos.




   Este tipo de acoplamento flexível é talvez o mais usado devido à sua simplicidade.
   Aqui a amortização é recebida pela aranha fabricada em elastômeros uma subtância que é muito resistente ao choque.






 

 Acoplamento flexível de corrente, com tampa.








   Outro tipo de acoplamento flexível de pinos ou pernos.
   Tem a particularidade de que entre os furos e os pernos leva umas buchas  em borracha para amortizar o torque de arranque do motor.
   Práticamente não necessitam manutenção. 










Acoplamento tipo elástico,neste tipo de acoplamento são as molas que aguentam o esforço e a amortização do torque.




   Acoplamento elástico de laminas,todos os acoplamentos t~em a mesma finalidade, o que os diferencia são os elementos para amortizar o torque, neste caso são as laminas que estão entre as polias.








   Acoplamento elástico de lonas ,este tipo evita muito o impacto do torque mas é recomendado para pequenos esforços.





   outro tipo de acoplamento elástico de borracha,tem a mesma finalidade do anterior.









   Este tipo de acoplamento é recomendado para maquinas onde o torque é muito elevado.
   Também suporta desalinhamentos e vibrações, esta acoplamento é também chamado de acoplamento tipo PNEU.





   Acoplamento hidráulico, ou hidrodinâmico
   O principio deste acoplamento é o seguinte o motor empurra o fluído contra a turbina fazendo esta girar no mesmo sentido.
   É como se tivesse- mos dois ventiladores um em frente do outro, e ligasse-mos um,o que iria acontecer.
   O ventilador que não está ligado começava a movimentar-se no mesmo sentido que o outro, ao principio com pouca velocidade mas depois vai chegar quase à mesma velocidade do outro.
Este é mais ou menos como funciona o acoplamento hidrodinâmico só que em vez de ser o ar o fluído que vai fazer mover a turbina ,é o óleo.
   Estes acoplamentos são usados em maquinas onde o torque deve ser amortizado, e que a velocidade vai aumentando até atingir o máximo.
   Por exemplo um revolvedor de massas para bolachas, ele necessita arrancar lentamente e depois atingir o máximo de velocidade, claro que isto passa-se em fracção de segundos.
   Espero que a comparação seja bem elucidativa.





   
   Acoplamento electromagnético, actua sobre um ou mais discos de fibra como a dos travões,e recupera por acção de molas.
   A acção electromagnética faz actuar o disco de fibra puxando-o até este fazer contacto com o disco de metal, que vai fazer movimentar a maquina.
   












 

 Embreagem electromagnética funciona por médio de uma variação do campo magnético.












   Outro tipo de embreagem electromangnética, tem o mesmo principio da anterior recupera por mola.
   Pode-se ver os discos dentados de fibra, que é a parte cinzenta da figura.










   Existem outros tios de embreagem electromagnética que o principio delas é o de ionização.
   Dentro da carcaça há um elemento ( pó) que por acção do electromagnetismo ioniza-se e a partir  de certo momento torna-se rígido e funciona como aço, fazendo movimentar a parte mandada da embreagem.
   Também é usado em maquinas que requerem um arranque suave.
   Infelizmente não consegui uma foto,ou em pormenor dessa embreagem electromagnética.


   Com o avanço da tecnologia vão aparecendo novas formas de variadores de velocidade,que são muito mais práticos mais económicos e quase não necessitam manutenção.
   Vou dar como exemplos os variadores de frequência.
   Com este equipamento pode-se variar a velocidade de um motor e portanto mudar a velocidade de uma maquina.
   Segue exemplo.
   



 


 Vejam o tamanho deste variador de frequência digital,ele tem potência para 0,73 a 2,2 Kw, não sei o preço mas não é nada caro.
   Existem variadores de frequência de 0,25 KW a
5 MW ( Mega  Vátios ).






   Outro variador de frequência com mais potencia.




   
   O variador POWERFLEX 400 digital dá para um motor de 50 HP =
( 37 KW ) e não é nada grande, não tenho as medidas.












 

 Pela foto se pode verificar mais ou menos os tamanhos dos variadores que não fazem muita diferença de uns para outros.





    Vou terminar esperando mais uma vez ser útil.
    Continuação de uma boa semana,cumprimentos.

                                   MÁRIO SILVA



















































  
   

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Transmissões

   Desde que o homem inventou a roda, tentou encontrar novas formas de movimentação,daí uma das primeiras experiências que o homem conseguiu foi a carroça puxada por animais.
   Depois a seguir conseguir maneiras de movimentação e logo maneiras de superar as velocidades por meios de sua criação.
   Isto é apenas a minha opinião,creio que uma das primeiras transmissões foi o fuso,pois este era feito de uma vara fina de madeira que servia para enrolar o linho para a fabricação do fio, que depois ia para o tear.
   Imagem do fuso e tear antigos.
   O fuso tinha a função de transmitir ao fio o movimento de rotação o qual por sua vez ia fazer com que o fio ficasse enrolado e pronto para ir para o tear.
   A parte de cima é o linho depois tem a vara com o gancho por onde passa o fio.
   A tecedeira dava o movimento ao fuso,portanto um exemplo de transmissão.



   Aqui o exemplo de transmissão pois a mulher dá o movimento à roda com o pedal,o qual vai movimentar o carrete onde vai enrolar o fio já terminado.
   Em seguida é mandado o fio para o tear.






   Segue exemplo do tear.
                        

  Tear já fabricando ou vestuário ou lençóis de linho.







  
 
 Todos estes exemplos tiveram a finalidade de demonstrar algum tipo de transmissão que nestes casos foram transmissões manuais,mais tarde vamos entrar no que serão transmissões industriais, que também tem pano para mangas.
   Das primeiras transmissões industriais talvez tenha sido a por correias,que consistia em um eixo com várias rodas que iam transmitir o movimento ás maquinas, tais como tornos,fresadoras,limadores,compressores etc,,etc,.


´  Aqui está representado a transmissão por correia plana sem fim directamente a um torno mas em realidade esse veio de transmissão fazia mover uma serie de maquinas ferramentas.
   Também podia transmitir movimento a outros veios mais que por sua vez faziam funcionar uma outra quantidade de maquinas,
   Claro com a evolução da industria o homem foi aperfeiçoando outros métodos de transmissão.





Veremos a seguir alguns dos métodos mais usuais nas industrias, mas esses métodos também evoluíram bastante, mas vamos fazer referência ás transmissões industriais.
   Começando a referir os tipos de transmissões mais usuais, que são as transmissões por correias, por correntes e por engrenagens que são as que mais se usam.
   Alguns exemplos;
 




 Aqui uma transmissão por corrente com um sistema esticador tradicional.





 
Em seguida alguns tipos de transmissão, que para as quais foi necessário inventar um meio de evitar que o par dos motores eléctricos fosse danificar as maquinas.
   O par dos motores eléctricos é a força que o motor produz quando arranca, ou seja quando o motor arranca, ele atinge uma velocidade muito maior que aquela que depois mantém quando entra na velocidade normal, uma explicação um pouco simplificada demais, mas espero que tenham entendido.
   E então foram inventadas os embragues segue exemplos vários.






      Aplicações várias de embragues.











   Aliado ás embreagens vieram os variadores de velocidade.
   Tanto as embreagens  os variadores, e as engrenagens ou transmissões, existem uma enorme variedade de modelos,vou exemplificar alguns deles.




  Redutor de velocidade com engrenagens do tipo espinha de peixe, é também chamadas de caixa de redução.






 


   Engrenagem com roda de coroa em bronze.












 Redutor  de velocidade com engrenagens em sequência, para dar mais velocidade ou dar mais potência.













   Exemplo de redução de velocidade por engrenagens cilíndricas.












 
 
Transmissão por engrenagens cónicas helicóidales.














   Engrenagem cónica por dentes rectos.














   Vários tipos de engrenagens de transmissão angular.












   Exemplo de transmissão chamada de planetária, de três engrenagens, quando se quer um aumento de força, por exemplo uma aparafusadora manual.











   Redutor de engrenagens internas outro exemplo.


   
   










   Redutor de engrenagens internas outro tipo este de cinco engrenagens.










 Transmissão pro engrenagens hipoidales.
   Este tipo de engrenagens é muito usado nas transmissões de camiões.
   Também é usada na industria quando se requer uma força bastante forte e um movimento silencioso, nos camiões passa o mesmo e é principalmente para evitar o ruído.







   Passamos aos variadores de velocidade, que também existe uma variedade muito grande de modelos.
   Não nos vamos alargar muito porque só destes elementos que falamos até aqui se fossemos aprofundar nunca mais terminava a mensagem.
   Seguem mais exmplos.





   Este tipo de variador é do tipo de pistas internas cónicas, e varia de velocidade conforme se deslocam uns discos dentro dessas pistas.
   São muito eficientes,mas tem que se ter muito cuidado com a falta de óleo no cárter.
   Se não tiver óleo no cárter ou o nível estiver baixo gripa os discos e danifica o variador.







   Redutor de velocidade por sem fim e roda de coroa, note-se a roda de coroa e feita de bronze.
   A razão é a seguinte se fossem ambos peças fabricadas em aço, a possibilidade de gripar seria muito maior, jogo o bronze em contacto com o aço temperado conjuntamente com o óleo evita o gripar das de ambas peças, claro que se terá de tre o mesmo cuidado com o nível do óleo.
 




   Este é o variador chamado de zero-max.
   Pois varia a velocidade de zero ao máximo que ele permite com tão simplesmente mover a alavanca encarnada.
   É muito usado em transportadores de cinta, que não sejam muito compridos.
   Existem vários modelos conforme as necessidades .   São muito delicados quanto ao manejo mas muito eficientes.





    Este é o variador de velocidade chamado de PIV.
   Ele é chamado assim porque o que o faz mover é a corrente PIV,que creio ser de fabricação Francesa.
   São utilizados em transportadores muito compridos e onde se necessita um grande esforço, por exemplo num transportador com cinta de malha de aço, que são usados nos fornos de cozer bolachas, que são largos e pesados.







   Vista interna do variador de velocidade PIV, onde se vêm todos os elementos de que é composto












   Estas são vários modelos de corrente PIV.
   Estão vendo a diferença que existe em comparação com as outras correntes.
  A particularidade desta corrente é a que os elos são fabricados por várias laminas todas juntas.
 





  Vou mostrar mas em detalhe a corrente PIV.
   Se olharem bem para as quatro partes de baixo da corrente verificam as pontas das laminas de que são construídas.
Estas são fabricadas em aço macio para não gastar os pratos cónicos internos, de é composto o sistema.

   Na figura em azul do variador PIV se olharem com atenção vão ver os pratos cónicos variadores ao fundo que são dois.
   Como todos os variadores de discos ou correntes internos,tem que se ter muita atenção com o nível do óleo,pois deste depende a duração do equipamento.
   A variação de velocidade também pode ser mais simples e menos custosa, mas nem sempre é possível adaptar um desses sistemas mais simples pela característica que possa ter esse equipamento.
   Seguem alguns exemplos de variadores simples, como as polias por exemplo.
                                                                                                                                                                 

 Polia variável por molas em aspiral ,com deslocamento dos pretos para ambos lados.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

   Nestas polias são usadas correias dentadas próprias para estas polias.
   O sistema funciona desta maneira, segue foto.                                                                          

                                                                                                                       

                                                                                                                                                                    A ai está o exemplo de variação com movimento de animação.
   Vejam bem a mudança da correia em relação com as polias, onde se pode ver a diferença da polia motriz para apolia conduzida                                                      







   Foto de correia para polias variadoras.






   Como podem ver é uma correia bem forte,pois só assim ela pode exercer a força suficiente para abrir a polia.





   Outro tipo de polia,desta vez com acção por mola de lamina.
   A abertura neste sistema de polia abre de igual para ambos os lados, a diferença da outra polia de mola em aspiral é que esta ocupa menos espaço mas a função é a mesma.





  Polia variadora com abertura para um lado só, com a particularidade de que usa correia trapezoidal
   É usada em sistemas onde não necessita tanto esforço.
 

   Exemplo de variador de velocidade por cones,claro
que este sistema já não se usa.
   Coloquei aqui só como exemplo.







   Bem caros amigos por hoje termino enviando um desejo de bom fim de semana.




                                                                       MÁRIO SILVA



















                             
 
 












quarta-feira, 14 de maio de 2014

Mais para aprendizes e pré-oficiais.

   Voltando aos aprendizes vou ensinar várias maneiras de como achar os centros em peças.
   Vamos começar pelo que eu penso que seja o mais simples de fazer.
   Seguem imagens das várias maneiras de o fazer.

   FIG. 1 
   Usando o esquadro de centros,faz-se  uma linha paralela nos 180º, depois volta-se o esquadro a 90º e marca-se a linha perpendicular o encontro das duas linhas é o centro da peça.
 FIG. 2
   Usando o paquímetro,este método só se utiliza em último recurso,com o paquímetro na metade da medida da peça, marcamos a primeira linha e depois a segunda ao contrário,a união das duas linhas é o centro da peça.
   FIG. 3
   Tal como indica a figura com o compasso de centros ou hermafrodita, traçam-se linhas nos quatro pontos da peça o encontro dessas linhas é o centro da peça.
   FIG: 4
   Divide-se como metro metade da peça  depois é só virar ao contrário e marcar de novo, o ponto de encontro das linhas é o centro da peça.
   FIG. 5 
   Marca-se um ponto com o metro que será o centro ?, e seguidamente faz-se uma linha paralela como mostra a fig. 5.
   A seguir marcam-se os dois pontos à mesma distancia com o punção de bico.
   Com o compasso de bicos num dos pontos vamos marcar a linha que ira posteriormente cruzar com a outra. 
   Seguidamente com o compasso no outro ponto,vamos marcar outra linha que cruzando com a que  marcamos anteriormente, vai  dar o centro da peça.
   FIG. 6
   Usando o graminho e o bloco em V,colocamos a peça sobre o bloco, depois com o graminho calculamos mais ou menos o centro da peça e marcamos uma linha, deslocando o graminho.
   Logo voltamos a peça ao contrário do que estava e marcamos outra linha, se a diferença não for muito grande de uma linha para a outra, voltamos a peça 45 º, e marcamos outra linha deslocando de novo o graminho, logo voltamos de novo a peça para marcarmos a outra linha paralela a esta, o cruzamento das quatro linha formou no centro um quadrado pequeno que servirá como referência para marcar o centro.
   Este quadrado não deve ser muito grande para não levar a cometer o erro de não centrar bem a peça,deve ter o tamanho de maneira a que quando se marque o centro com o punção de bico este não vá dar diferença .
   Já me esquecia,para todas estas maneiras de achar os centro à que colocar  azul de Prussia ou com um marcador de bico de feltro pintar a superfície das peças para se poder marcar as linhas.
   O azul de Prussia é um spray de tinta especial para marcar as peças.


   Este método é identico ao anterior, só que o graminho é de precisão ,logo acha-se o centro com mais facilidade.

   FIG. 8
   Usando uma suta para saber qual a inclinação da escada.
   Vamos usar uma régua com 3 metros de comprimento, uma suta e um nível de bolhas de agua.
    Como podem verificar pela figura, coloca-se a régua sobre a escada,e segurando suta e o nível ao mesmo tempo,vamos por a parte vertical da suta a nível.
   Assim já temos uma abertura na suta que será equivalente aos graus de inclinação da escada.
   Para se saber quantos graus de inclinação tem a escada pegamos num transferidor e colocamos como mostra a figura, apoiado na base da suta e com o vértice da suta no centro do transferidor vamos ler qual a medida em graus.
   A leitura dá-nos de 35 º, medindo de A a Be de C a D 145 º que seria a soma de 90 º + 55 º = 145, que seria a medida que nos interessava.
   Logo a soma dos ângulos 90 º+ 55 º+35 º= 180 º.
   Passamos agora para a FIG. 9 .
   Trata-se de um instrumento micrométrico
que serve para medir inclinações e chama-se inclinómetro, ou clinómetro.
    Neste modelo quando o inclinómetro está fechado corresponde ao nível 0, e cada milímetro no nónio ou leitor do inclinómetro é igual a 1 % de inclinação.
   Portanto se queremos uma estrutura com 2 % de inclinação, vamos por o nónio ou leitor em 2 mm, e quando a bolha do nível do inclinómetro estiver a nível, isto quer dizer que a estrutura está com os 2 % de inclinação.
                         
                                                         PARA PRÉ-OFICIAIS


   Outro método e o da barra com inclinação.
   É uma barra maquinada com 2 % de inclinação, que é feita na fresadora e depois rectificada.
   Tem que ficar muito bem feita pois desse trabalho depende o ficar bem ou não a inclinação da estrutura.
   O procedimento é o seguinte,coloca-se a barra encima da estrutura de maneira a ficar paralela ao comprimento, marca-se uma linha central a todo o comprimento da estrutura, e coloca-se a barra nessa linha paralelamente, com a parte mias grossa ao contrário da que está na foto.
   Depois vamos colocar o nível de precisão, de preferência com base magnética, encima da barra de inclinação, e vamos nivelar a estrutura.
   Quando as bolhas do nível estiverem iguais para ambos lados, ou seja a bolha tem que ficar com igual distância dos riscos que tem o nível, tanto no comprimento como na largura, então a estrutura esta´nivelada.
   Segue foto de desenho da barra com inclinação, sem o nível encima.
   Este é um método prático mas pouco confiável, como o engenheiro responsável vai ter que verificar a inclinação com o teodolito, serve.
 



 A diferença de medida nas pontas é o equivalente aos 2 % de inclinação.





   Um dos métodos mais usados é o de dar a inclinação com o nível óptico ou equialtímetro.
   Segue foto de desenho explicativo.



 Onde o Nº 1 é a estrutura a ser nivelada ,
   O Nº 2 é o fixe ou base de concreto armado.
   O Nº 3 são a régua de mira que se utiliza para dar a referência das medidas.
   Os Nº 4 são os parafusos niveladores, que neste caso seriam 6, três num lado e três no lado oposto.
   Os Nº 5 são as placas de nivelamento.




 
   Por esquecimento, não informei que tipo de estrutura ou base metálica é a da figura acima desenhada.
   Esta é uma viga de apoio reforçada,que conjuntamente com outra no lado oposto vão servir de apoio a uma maquina.
   Esta viga é do tipo HE 360 B, que é uma viga de abas largas e mede 360 mm de largura x 300 mm  de altura x 22,5 mm de espessura de aba x 12,5 mm de espessura de alma.      
 Procedimento para o  nivelamento.
   Com a estrutura ou viga já colocada encima do fixe, os parafusos colocados, as placas de nivelamento postas, vamos por os parafusos todos à mesma altura, vamos supor que são duas vigas, uma de cada lado e vamos ter que fazer o mesmo trabalho nas duas.
   Neste método de montagem vamos ter que colocar em cada chumbador,que não estão aqui visíveis, uma anilha sutada ou inclinada para evitar que o aperto dos parafusos não seja forçado a um lado.
   Me explico,se apertarmos os parafusos sem as anilhas sutadas as porcas vão fazer a força inclinadas, o que poderia causar enfraquecimento nos parafusos e partir-los, as anilhas sutadas vão compensar a inclinação dos parafusos.
   A inclinação ou sutamento das anilhas tem que ser igual à inclinação que tenha a estrutura ou base.
   No desenho não estão representados os chumbadores  que seriam o mesmo número dos parafusos de nivelamento 6, segue desenho de anilha sutada ou inclinada.


   A inclinação tem que ser igual à inclinação da estrutura, neste caso seria de 2 % de inclinção.
   As anilhas devem ser montadas no sentido contrário à inclinação da base para assim poder compensar a inclinação, para que os parafusos façam força a direito.



   Este método aqui descrito é simplesmente para dar a ideia de como se pode fazer,
   Em vez de termos marcado os pontos A e B, marcamos A e A 1 e B e B 1,para mais tarde colocarmos a régua de mira.
   Terminado colocar o acima descrito vamos calcular a diferença nas medidas com os 2 % de inclinação.
   Suponhamos que desde o ponto A ao B encima da estrutura, vão 4 metros = 4000 mm.
   Para calcular a diferença vamos multiplicar 4000 mm X 2 % = 80 mm , = aos 2 %.
   A seguir colocamos a régua de mira no ponto A e verificamos qual a medida correspondente na régua,vamos supor que é de 550 mm, a régua de mira é uma régua especial preparada para se ler bem com o nível óptico, pois tem os números grandes e umas referências a cores brancas e encarnadas, que mais adiante vamos ver fotos de essas miras.
   Agora vamos colocar a régua no ponto B, e verificar qual a medida que tem, e é de 500 mm.
   Este procedimento é feito também nos pontos A1 e B1, que ficam contrários aos pontos A e B.
   A medida que deveríamos ter no lado B, seria de 550 mm - 80mm = 470  que é a diferença dos 2 %.
 Acontece que a medida verificada no lado B é de 500 mm, o que quer dizer que a estrutura tem que baixar ,500 mm - 470 mm = 30 mm para ficar nos 470 mm.
   Colocada a medida em 470 mm, vamos verificar de novo o lado A, pois ao baixar o lado B, certamente o lado A subiu um pouco,suponhamos 2 mm ou seja passou a ser de 550 mm - 2 mm = 548 mm.
   Voltamos de novo ao ponto B e B1 que têm que ficar iguais 470 mm, assim como ao ponto A1 e A medimos de novo, a diferença agora é mínima mas levamos  aos 550 mm e assim fica a estrutura com a inclinação de 2 %, 550 mm nos pontos A e A1 e de 470 mm nos pontos B e B1.
   As medidas de nos quatro pontos, A -A1 têm que ser iguais,assim como nos pontos B-B1, ou seja nos pontos A-A1 = 548 mm e nos pontos B-B1 = 470 mm.
   Depois de feita esta nivelação que não é definitiva,é o engenheiro responsável pela montagem que vai dar a leitura definitiva usando o teodolito,que é um instrumento ainda mais preciso que o nível óptico.
   Este tipo de instrumento o nível óptico, deixou praticamente de existir depois dos anos 80, já quase não se utiliza, agora é tudo a laser seguem fotos dos ditos instrumentos novos e velhos.







   Nível óptico normal giratório.













   Nível óptico giratório.
















    Nível laser profissional.















                         Teodolito digital ou electrónico.














   



 Réguas de mira ou simplesmente miras, vários tipos.













       Teodolito antigo de fabrico russo.









   Estamos a calcular e a desenhar as estruturas, sem nenhuma base. é apenas fictício, o importante é transmitir  a ideia de como seria este processo na realidade, medidas e inclinações não são verdadeiras.
   Em realidade se tivermos que montar uma maquina encima de uma plataforma ou base metálicas,o melhor seria construir a plataforma já com a inclinação.
   Segue desenho elucidativo.


   Plataforma ou base com inclinação de 2 %.
   Como podem verificar a parte de baixo da plataforma vai ficar paralela com o chão, a inclinação foi dada na parte superior.
   Neste caso não será necessário colocar anilhas sutadas porque a parte de baixo fica nivelada.
   Quando se termina de construir a base, esta é levada a uma oficina para ser maquinada a parte de cima, para ficar com a superfície onde vai ser montada a maquina completamente lisa e igual.
 A maquinação é feita em oficinas especializadas, porque têm que ter maquinas ferramentas adequadas para tal fim.
   Podem ser maquinadas em tornos ou em plainas gigantes.
 



   Depois de nivelada a plataforma ou base metálica, já com os chumbadores colocados, os pedreiros vão colocar o cimento nos furos do concreto armado e deixar secar.
   Depois de seco o cimento é de novo verificada a inclinação da plataforma para se verificar se houve alguma alteração nas medidas,porque o cimento quando seca contrai e puxa os chumbadores para baixo e pode provocar alterações significativas nas medidas.
   Se houve alterações nas medidas, estas são compensadas com suplementos metálicos por debaixo da maquina, no sítio dos parafusos.
   Verificadas as medidas e ajustadas em caso seja necessário, os pedreiros vão colocar uma armação em madeira à volta do fixe de concreto,  encher de cimento a toda a volta, e até à altura da parte mais baixa da plataforma.
   Assim fica terminada a colocação da plataforma para receber a maquina.
 Chegamos ao fim da mensagem de hoje, desculpem os erros cometidos, e sem querer justificar as falhas, é que estou a tomar uns anti-alérgicos e ando um pouco sonolento, espero que tenham gostado, tenham um bom fim de semana.
   Despeço-me  até à próxima mensagem.





                                                           MÁRIO SILVA