terça-feira, 8 de abril de 2014

Praticas a ter em conta - Montagens II

    Os assuntos de hoje são os seguintes:
   Primeiro será o processo ou maneira de verificar se as fundações para assentamento das sapatas de um deposito estão em condições segundo as medidas especificadas no desenho de montagem.
   Segundo vamos marcar uma linha de centro que vai servir de referência para a montagem de uns quantos equipamentos e maquinas,  
   
   Começamos pelo primeiro.
   Para tal fim vamos usar uma fita métrica de 20 metros,uma régua metálica de 1 metro,um marcador bico de feltro fino,um riscador para concreto, um dinamómetro, um tira linhas de giz,um bloco para apontamentos e um lápis ou esferográfica. 
   Vamos proceder da seguinte maneira.
   Com a régua achamos o centro de cada fixe ou fundação, colocando a régua em cada canto, neste caso do quadrado,porque as sapatas podem ser redondas e o cruzamento dessas linhas vão dar o centro.
   Proceder da mesma maneira nos quatro fixes.
  Logo vamos medir desde o ponto 1 ao 3 e anotar a medida,seguidamente medimos do ponto 1 ao 4 e anotamos, verificando em seguida se estão conforme manda o desenho.
   Depois vamos medir do ponto 1 ao 2 e do ponto 3 ao 4 e estas duas medições têm que ser iguais,claro que se for 2 ou 3 mm não tem importância,se for um centímetro ou dois já existe problema,porque não vai condizer com os furos das sapatas do deposito,  quer dizer que estes pontos não estão à esquadria.
   Se assim for, quando se vá montar o deposito à que dividir  a diferença,se não ficarem muito descentradas as sapatas em relação aos fixes para não ficar feio como na figura da mensagem anterior,se não for possível teremos que   rasgar os furos nas sapatas.
   Segue foto.   
  
   Como podem verificar as sapatas não estão centradas com os fixes de concreto isto é um mau trabalho.
   Para evitar estas situações deve-se fazer o atrás descrito.
   Segue desenho com o atrás descrito. 








  Primeira situação de verificação de medidas entre centros.








  
      
 



 Segunda situação com a linha de centro como referência para verificação de esquadria pontos 1 com  2, e 3 com 4.







 Todos os desenhos de montagem têm linhas de centro de referência que mais adiante vamos ver como se
acham essas ditas linhas.
    Nesta figura a seguir vamos ver como podem ficar os fixes fora de medida e ver em qual deles podemos melhorar a situação.
    


 Tendo como referência uma linha de centro principal,vamos medir da linha de centro para o ponto 1 e anotar,depois da linha de centro para o ponto 3,logo para o ponto 4 e ponto 2 anotando e logo comparando as medidas,aqueles que tiverem as maiores diferenças são os que vamos rectificar para evitar o problema verificado na foto encima, que como montagem é uma vergonha. 




   Vamos agora achar a linha de centro de que descrevi atrás.
Para marcar a linha de centro que vai servir de referência para a montagem de uns quantos equipamentos, vamos ter como referência a boca de saída de um deposito com 10 metros de diâmetro como exemplo.
   Para tal fim vamos usar uma régua de 5 metros de comprimento por 120 mm de largura e 20 ou 25 mm de espessura,esta régua é feita de tubo rectangular de alumínio com estas medidas mais ou menos,
   Também uma fita métrica de 5 metros, um fio de prumo, um marcador fino de ponta de feltro,um compasso de vara,dois grampos sargento,um riscador para concreto , um nível de bolha , um tira linhas de giz e uma fita métrica de 20 metros.
   Tendo como auxiliar a figura que segue vamos:
   Colocar a régua de 5 metros na falange ou boca de saída do deposito com dois sargentos para a fixar.
   Depois que está fixa vamos colocar um fio de prumo ao lado esquerdo na régua e marcar no piso um V com o marcador fino e no sentido do comprimento da régua, o  ponto correspondente ao que vai ser a linha perpendicular à flange.
   Depois mudamos o fio de prumo para o outro lado e fazemos a mesma operação marcando com um V no mesmo sentido,depois com o tira linhas de giz vamos fazer passar uma linha pelo centro dos dois V e temos a primeira linha de referência  a todo o comprimento da régua,e em relação à boca de saída do deposito.
   Passo seguinte marcar o centro da flange do deposito.
   
      Na figura em baixo vê-se a maneira como se acha o centro da flange ou boca do deposito.
   Tal como se vê coloca-se o fio de prumo na parte de cima da flange e dividindo-a em partes iguais para cada lado está achado o centro.
   Em seguida com o fio de prumo quase a tocar o piso marca-se com uma V  de frente para nós e temos o centro da flange marcado encima da linha tirada com a régua.
   Não importa que a régua não esteja bem a nível ,pois os pontos a marcar não diferem se não estiver a nível, a caída do fio de prumo é sempre igual.
   O nível está colocado ali só para chamar a atenção de que as flanges quando são soldadas,sejam 4, 6.ou 8 furos, que é este o caso, devem ficar sempre a nível como mostra a figura em baixo.
   Esta é uma norma obrigatória para a construção de linhas de tubos, os tubistas têm-na sempre presente.
   
   Com o fio de prumo colocado no ponto A marcamos esse ponto  no piso paralelamente à régua com uma V,logo com o fio de prumo colocado no ponto B tiramos outra linha igual com V também paralela à régua.
   Agora com o tira linhas de giz encima das duas V marcamos uma linha mais ou menos com 6 ou 8 metros de comprimento, essa linha é a paralela à
flange do deposito.
   Temos a linha paralela à flange e o centro do deposito certo.
   A partir do centro dessa linha vamos por uma distância para a esquerda de 3 metros,e fazemos o mesmo para o lado direito,portanto uma distância igual para cada lado.
   Com o bico do compasso de vara,compasso de vara como mostra a figura em baixo, aberto mais ou menos a uns 4 metros e apoiado no ponto A vamos fazer uma marca de intercepção que irá cruzar com
outra que virá da mesma maneira do lado direito do ponto B.
   Agora com o tira linhas de giz colocado
na marca de centro debaixo da flange vamos marcar a linha que irá passar pela intercepção das duas linhas marcadas pelo compasso de vara,tal como mostra a figura mais acima.
   Para esta operação são necessárias duas pessoas.
   Assim teremos determinada a linha de centro que vai servir de referência a todos os equipamentos a serem montados
   Quando já temos a linha de centro que vai servir se referência, os desenhos para a montagem dos equipamentos geralmente vem um desenho em planta ou sela visto de cima,quando o equipamento tem muitos tubos usa-se o desenho isométrico,que é um desenho que tem como base a perspectiva isométrica.
   Exemplo de desenho isométrico.


  Como se pode ver neste desenho isométrico simples ele está desenhado numa folha de isometria especial para tal fim.
   Geralmente as empresas grandes têm
cadernos para desenho isométrico com o logótipo da empresa.
   Neste isométrico podemos ver um depósito,várias vàlvulas.bombas centrifugas,uma redução concêntrica e 4 pontos para instrumentos e as cotas em milímetros, para construção das linhas.
   Pode-se ver também a legenda ao lado esquerdo em cima com especificações.




   Este é um isométrico bem simples porque há uns que são bastante complicados.
   Em seguida um mais complicado,mas não muito.






















  Convenções de isométricos.




















 Plantas de tubulações.








    Tipos de flanges usadas.












Seguem alguns acessórios usados em tubos de aço carbono.





 Flange para soldar em aço carbono.











   Flange cega.













   Flange para soldar com pescoço.
















   Flange roscada.





   Flange com junta sobreposta.



 Conjunto de flanges com o nome em inglês,convém tomar conhecimento destes nomes porque aparecem muitas vezes nos desenhos.
   E já têm os nomes em português para comparar.









   Flange com pescoço comprido.








   

 Acessórios mais usados para soldar em tubos de aço carbono.













   Curva 90 graus para soldar.




   Te para soldar.






   Redução excêntrica para soldar.














   


  Redução concêntrica em aço inoxidável.  
                                                                                                                   






   Tampão para tubo em aço inoxidável.















   Cruzeta para soldar em aço carbono.













   Aspecto de soldadura automática.





   Aspecto de soldadura por plasma.

















   Maquina de soldadura de moleta a todo o comprimento.











   Maquina de soldar a tope polipropileno e PVC.











   Maquina de soldar a tope pvc e polipropileno autopropulsada.














   Maquina de soldar por pontos manual.














   Maquina de soldar por pontos fixa.











 Em geral a soldadura destes acessórios é feita por um soldador especializado, utilizando vários processos de soldadura.
   Fotos de algumas maquinas de soldar.





   Maquina de soldar Lincoln por electrodo revestido.
   Para soldadura não muito exigente.












   Maquina de soldar com geradora incorporada.
   Soldadura por electrodo revestido.












   Maquina de soldar Mig por micro arame.

















   Maquina de soldar Tig.












  Maquina de soldar Tig Mig dá para soldar nas duas maneiras.









   Como já devem calcular estas soldaduras têm que ser feitas por pessoal especializado,são soldaduras de muita responsabilidade.
   Não basta saber derreter electrodos,por acaso eu derreto bem electrodos,mas essas soldaduras não são para amadores.
   À parte do que aqui se demonstrou,vamos tocar no tema que são as maquinas para elevar peças e maquinas a serem montadas.
   Há uma quantidade bastante variada.
   Até à proxima.



                                                         MÁRIO SILVA
 
























































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