quinta-feira, 13 de março de 2014

Bombas centrifugas

Talvez por ser um dos elementos mais usados na industria mundialmente,hoje vou falar um pouco sobre bombas centrifugas.
   Digo um pouco porque este seria um tema bastante vasto por ser tão variado e importante.
   As bombas geralmente são classificadas como:
Turbo máquinas.
   Maquinas alternativas.
Maquinas rotativas.
   As bombas centrifugas são classificadas como turbo maquinas, e  são compostas por um impulsor,rotor ou de palhetas fixas ou móveis.
Vamos falar da bomba centrifuga de impulsor obliquo que obriga o fluxo a movimentar-se radialmente e também se diz de fluxo radial.
Existem outras que se dizem de fluxo axial e de fluxo misto mas vamos falar das mais comuns que são as centrifugas de fluxo radial.
   Vamos ver algumas fotos de aspectos de bomba centrifuga de difusor de turbina, das mais simples.














   Seguidamente desenho de dois difusores diferentes, de voluta e de turbina.



 Mostrando vista explosiva de bomba centrifuga.
Aspecto de bomba centrifuga com revestimento usado em líquidos com algum teor abrasivo.
Não será demais chamar a atenção para a importância que tem a manutenção,tanto preventiva como correctiva,para a durabilidade destas maquinas.
   Nas industrias que se presam têm que ter uma boa equipe de manutenção porque está provado que uma
industria que tenha um bom programa de manutenção,pode ter até uns 10% mais de produção e no final do ano por tanto um valor muito maior em lucros.
   Cuidados a ter com as bombas:
   1  o alinhamento tem de ser feito como manda o fabricante,com as tolerâncias devidas.
   2 verificar se o selo mecânico ou estoperas estão em boas condições,quer dizer se não está a gotear demasiado,isso quer dizer que não estão em boas condições.
   Dependendo de ser estopera ou selo mecânico,senão estão em condições estes vão causar danos nos rolamentos ou outros elementos existentes nas bombas e motores,quando isto acontece à que fazer a substituição de imediato.
Se houver uma bomba igual em espera substituir e reparar a danificada.
   No caso de ter prensaestopas e houver goteamento demasiado, verifica-se se ainda é possível apertar o prensaestopas se não for possível à que substituir o cordão,que segundo o tipo de fluido a bombear assim será o cordão correspondente informação que é dada pelo fabricante das bombas-
   Quando for colocar os cordões à que que ter em conta o corte do mesmo que será feito em diagonal mais ou menos metade da grossura do cordão,e um corte contrário um do outro para vedar bem.
   Dependendo do numero de voltas do cordão nunca colocar os cortes na mesma direcção colocar se são dois colocar ao contrario um do outro,se são mais colocar cortes a 45º,dependendo do numero dos mesmos,e assim sucessivamente.
   Se substituiu o cordão e apertou o prensaestopas não esquecer que depois de 45 horas deve fazer um novo ajuste nos mesmos e verificar se não goteia muito.
   Vista de vários tipos de cordão para prensaestopas.


   Foto de prensaestopas em corte.


3  Verificação por ruído é uma das formas de saber se os rolamentos estão em condições,assim como verificar a temperatura dos mesmos,senão tem um termómetro de infravermelho, use a mão.
   Se não tem um estetoscópio pode usar um tubo fino ou até mesmo um bocado de varão,colocando uma
ponta  encima da chumaceira e a outra ponta com o dedo posto e encostado ao ouvido,vai escutar se o ruído não é normal.
Se faz muito barulho e está muito quente à que substituir os rolamentos,o calor que se poderá aguentar com a mão será o termómetro, quando não se aguente quer dizer que o rolamento está a mais de 40 graus e deve-se substituir de imediato pois o dano poderá ser muito maior.
   Quando vá substituir os rolamentos não se esqueça de verificar as pontas dos veios se têm desgaste,assim como o alojamento dos rolamentos,ver se têm folga se têm deve-se substituir a carcaça, reparar se a reparação for possível e se vale a pena fazer-lo pois pode ficar demasiado caro. 
   Voltamos ao ponto 1,ao alinhamento.
   A bomba e o motor deve trazer uma flange já montada pronto para ser alinhado.
   Juntamente deve vir a informação sobre as tolerâncias,tanto radial como axial que sempre é dada pelo fabricante,e esta é segundo o tamanho do acoplamento.
   Para alinhar uma bomba com o motor deve-se ter em conta a superfície onde se vai montar as maquinas,
estas devem estar bem limpas e sem moças,portanto a superfície bem lisa.
   Em principio estes equipamentos vão ser montados sobre uma base construída em ferro(aço macio) e de acordo com as exigências do fabricante, ou numa fundação em cimento armado contigua à fundação do motor que também traz uma base em ferro.
   Em geral vêm com a base de ferro e pronta a ser montadas as maquinas.
   Para fazer o alinhamento vamos necessitar de:
   Um comparador com base magnética
   Uma escala ou régua  metálica de 150 mm
   Um apalpa folgas ou calibrador de folgas.
   Um paquìmetro de preferência digital
   Uma tesoura de cortar chapa.
   Um jogo de calços para ajustes.
   E caixa de ferramentas de mecânico industrial.
   Seguidamente exemplos dos elementos acima mencionados.



Régua ou escala de 150 mm




     Apalpa folgas ou calibrador de folgas




Paquímetro digital 
.





Jogo de calços para máquina









Exemplo de calço para maquina.





Os calços também vinham em rolos e de várias medidas em centésimos de milímetros mas já não se usa é uma perda de tempo e não ficam iguais.

 Tesoura para cortar chapa.

  O processo de alinhamento é feito da seguinte maneira.
  Talvez haja outras maneiras de alinhar bombas mas vai dar tudo ao mesmo,depende do conhecimento e da prática  de cada um.
   Primeiro coloca-se a bomba no sitio com os parafusos colocados sem apertar, e com a escala ou régua aproxima-se o acoplamento,ou seja o lado do motor com o lado da bomba,deixando uma folga de 3 mm entre as duas caras se não é um acoplamento muito grande.
   Quando já esteja mais ou menos alinhado, com a régua na parte de cima do acoplamento,e de maneira a apanhar a outra polia do acoplamento, que neste caso por lógica seria a do motor que estaria mais alta ,vamos mantendo  a régua bem firme,colocar o apalpa  folgas no espaço entre a polia do motor e  a polia
 da bomba,e por debaixo da régua com o apalpa folgas verificar qual a medida da diferença entre ambas.
   Por exemplo se for de 2 mm já sabemos que a bomba tem que subir 2 mm,assim a bomba ficará mais ou menos alinhada na altura.
   Agora com a régua posta lateralmente vamos deixar o acoplamento alinhado lateralmente.
   Vamos apertar bem os parafusos.
   Seguidamente vamos colocar o comparador na polia da bomba e esta deve ser fixa no furo roscado que fica no canhão do acoplamento neste caso um acoplamento flexível como mostra a foto.
   
   Como se pode verificar as duas polias a da direita seria a do motor a da esquerda a da bomba.
  Vejam bem o furo roscado à esquerda e encima,com o comparador colocado vamos proceder à leitura do comparador, este deve ter ficado de maneira que possa dar a voltas 360 graus para se verificar as leituras.
   As leituras devem ser anotadas num bloco para serem comparadas depois, e verificar as diferencias.
   Acoplamento elástico, em baixo.




     Acoplamento  por fluído em baixo.


   Havia uma quantidade muitíssima grande de acoplamentos e muitos deles bem complicados quanto a seu funcionamento mas como estamos nos mais simples não nos vamos alargar.
   Conforme a leitura do comparador assim teríamos que colocar os calços debaixo das patas da bomba até
a bomba ficar alinhada dentro das tolerâncias pedidas pelo fabricante
   Actualmente já não se usa o método por relógio comparador.mas sim uma ferramenta a laser que levará muito menos tempo.
  Se com o comparador se levasse 3 horas por exemplo com esta ferramenta levar-se-ia nem meia hora.
  Junto foto de dita ferramenta.
 Claro que para manejar este equipo tem de se ter uma pequena especialização que é feita com o próprio catalogo que vem com a ferramenta,e é lógico que a pessoa tem de ter uns certos conhecimentos mas não muitos,não é difícil manejar e é bem verdade que se poupa muito tempo e é muito mais preciso.
   Seguidamente uma foto de maquinas estacionaria e móvel,portanto motor e bomba com a ferramenta colocada sem o visor como se pode verificar encima, para ser comparado o acoplamento.
   




   Bem caros amigos muitíssimo mais haveria que dizer pois como disse ao principio, este é um assunto de muita variedade o que levaria a que se tivesse que escrever um livro e essa capacidade não está ao meu alcance.
  Desta vez alonguei-me um pouco mais mas creiam que foi com gosto,espero que sirva de algo,despeço-me uma vez mais cordiais comprimentos.

                                                                 MÁRIO SILVA

















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